segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A valsa dos sonhos impossiveis

     - Então é assim? disse ela. É como sentir-se dentro de um ninho.
     Ela emaranhou-se mais fundo por entre os braços dele e experimentou novamente o calor morno que atraia o suspiro. Tudo aconteceu como se fosse pela primeira vez. Experiência única, primitiva.
     Ele percorreu os olhos pela frágil criatura pousada no seu colo. Apesar da semelhança com a porcelana ela possuia a força da criação. Imaginou como seria se nada brotasse dela. Coisa alguma seria vida nele.
     Eles sorriram em comunhão com a simplicidade de formarem um elo. Ela ouviu a chuva e desistiu de ser um trovão. Queria somente sentir o corpo molhado, não pela água precipitando urgente, mas banhado pela seiva quente dele.

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