A rua está pavimentada com sonhos
Dentro de você sinto um poema escrito
A ânsia soletra os sons da nostalgia
As lembranças confortam a insanidade
Na memória, o seu corpo afaga meus desejos
Nossas mãos guardam cuidadosamente o futuro
Enquanto as linguas recolhem suor quente
E o sono apaga o Sol
domingo, 19 de junho de 2011
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Morrer, nascer e amar outra vez
Eu te amo de longe com a força de um animal caçando
Aguardo cada segundo
Sondando seu passo manso
Sentindo seu cheiro doce
Juntar-se a poeira seca
Quando estamos juntos
Nossos corpos entrelaçam-se com destreza
De água viva na correnteza
E a espuma do mar nos nossos tentáculos
Amolece a tez úmida
Salga a pele, o beijo.
Aguardo cada segundo
Sondando seu passo manso
Sentindo seu cheiro doce
Juntar-se a poeira seca
Quando estamos juntos
Nossos corpos entrelaçam-se com destreza
De água viva na correnteza
E a espuma do mar nos nossos tentáculos
Amolece a tez úmida
Salga a pele, o beijo.
Torna transparente a pretensão
Transparecendo na ponta dos dedos
Denunciando bem querer
Transparecendo na ponta dos dedos
Denunciando bem querer
Domo os desejos alados
Dados sem medição
Engaiolo na palma da mão
Suas vontades, veleidades
Vaidades...
Trago dentro do corpo
Aquilo que te torna frêmito
Farta o abundante gozo
Faz a mente absorta
Dados sem medição
Engaiolo na palma da mão
Suas vontades, veleidades
Vaidades...
Trago dentro do corpo
Aquilo que te torna frêmito
Farta o abundante gozo
Faz a mente absorta
Por minutos de redenção
Tenho a força do mundo
Escondida por debaixo do ventre
Envolta por muitos cuidados
Tenho suas caricias
Carrego então escondida
A abstração do universo
Posta à mostra somente
No úmido, quente de um beijo
Na boca destilando desejo
E nos incontáveis segundos
quinta-feira, 3 de março de 2011
Vaporosa vivência trotando no tempo
Um quê dessa existência volátil
Afaga o ego com as pontas dos dedos
Me carrega
Alada, fantástica, cheia de temores leves
Suficientes apenas para provocar um arrepio na pele
E nos pêlos que eriçam-se
Capaz de subtrair a arrogância de viver
Atribuir aquele brilho de aurora
Irradiando de todos os lugares
Enchendo meus olhos
Me torna cheia de maravilhas
Reconfortante, afagando o suspiro.
Tateando sem no entanto, com tato
Pega cuidando não pegar
Minha existência repentina
Assusta!
Mas me acostumei ao inesperado
Aos gritos sem direção
As palavras derramadas torrencialmente por tempestades
Tornei-me parte das minhas partes
Enchi-me de todas nuances brilhantes
Como também da monocromática inabilidade com a vida
Gosto de me encontrar
Na aspereza das manhãs cinzentas
E sentir-me parte do céu
Sentir que também posso ir
Derramar-me em algum telhado
Porque sentir é isso
Derramar-se sem, porém perder qualquer gota
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Acalento
...em como a sua pele... Eu como a sua pele. Penso se virá me acordar amanhã, tal qual um presente de despertar. Como se o dia precisasse me presentear a cada alvorecer, e seu esplendor de raios ofuscantes não fosse suficiente para minha felicidade.
Quieta relembro os beijos, repasso na memória os toques sinceros. As palavras comuns e simples que afagaram tanto quanto cada sorriso ameno e cada pensamento leve, disfarçado em sussurro. E cada sussurro acompanhado de mordida, acompanhada de arrepios na pele.
Minha vontade nasce da esperança, cravada no desejo de fitar novamente seus olhos, moles, sonolentos. Olhos de gato manhoso. Espero sentir o peso do seu corpo inerte, imerso no sono e sonhos engraçados. A perspicácia de dois corpos se aconchegando da melhor forma na cama, buscando uma maneira de sentir-se o mais próximo possível, como que querendo fundir os milímetros da carne e entrelaçar os pelinhos arrepiados do corpo.
Sobra espaço no colchão, falta cobertor pra nos cobrir. Porque você sempre puxa para si minha parte, o que faz com que eu acorde com frio e reclamando. Você se desculpa, me abraça quente, rimos, nos beijamos. O sono vem e os cílios encontram-se, lentos e preguiçosos.
Leviana despetalo as bobas esperanças pelo lençol branco. Elas desmancham-se conforme as gotas atingem a superfície real do tecido, que permite somente que lascívia faça morada nos seus vincos. Tomando nossos corpos definitivamente, fazendo as palavras arquejarem de satisfação.
No sol vacilante da aurora, a luz translúcida veleja até suas pálpebras cerradas. Traz consigo mares de sonhos incertos. Transforma a luxuria em oceano de amor. Naufrague em mim.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
O sabor do verso
Quero dividir contigo
O gosto de toda estrofe
Seus lábios degustarão
O doce, picante, amargo
Diluídos em cada traço
O gosto de toda estrofe
Seus lábios degustarão
O doce, picante, amargo
Diluídos em cada traço
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